RESOLUÇÃO SME Nº 05/2011
(Publicação DOM 09/04/2011: 02)
REVOGADA pela Resolução nº 07, de 12/09/2018-CME
Estabelece normas complementares para o credenciamento/autorização de funcionamento de unidades educacionais, para a autorização de funcionamento de cursos, e dá outras providências.
O
Secretário Municipal de Educação, no uso das atribuições de seu cargo,
CONSIDERANDO
o atendimento ao disposto na Resolução do Conselho Municipal de
Educação, CME Nº
02/2010
;
RESOLVE:
Art. 1º
-
Esta
Resolução estabelece normas complementares, no âmbito do Sistema Municipal de
Ensino, referentes aos atos administrativos previstos nos incisos II, III, IV,
V, VI, VII e VIII, do artigo 1º, da Resolução CME Nº
02/2010
.
Art. 2º
-
Os
protocolados relativos aos incisos II, IV, V e VI, do artigo 1º, da Resolução
CME Nº
02/2010
, subscritos pela autoridade competente
das unidades privadas de Educação Infantil, após recebidos pelo Gabinete do
Secretário Municipal de Educação, deverão ser encaminhados:
I
- em
primeiro lugar, ao titular da Coordenadoria Setorial de Arquitetura Escolar da
SME, para a análise e a emissão de parecer a respeito dos documentos previstos
nos
incisos IX e X, parágrafo único, artigo
9º
, da Resolução CME Nº 02/2010, no prazo máximo de 20 (vinte) dias
corridos contados a partir da data de recebimento do protocolado, na respectiva
coordenadoria;
II
- em
segundo lugar, ao titular da Assessoria Jurídica da Secretaria Municipal de
Educação, SME, para a análise e a emissão de parecer a respeito dos documentos
previstos nos
incisos II, artigo 5º
, e
IV, V, VI, VII, VIII, parágrafo único, artigo
9º
, da Resolução CME Nº 02/2010, no prazo máximo de 20 (vinte) dias
corridos contados a partir da data de recebimento do protocolado, na respectiva
assessoria;
III
- em terceiro
lugar, ao Representante Regional do Núcleo de Ação Educativa Descentralizada,
NAED, ao qual se vinculará a unidade educacional, para a análise da
documentação exigida e para a emissão de parecer conclusivo a respeito da
solicitação expressa no protocolado e posterior encaminhamento ao titular da
SME, no prazo máximo de 20 (vinte) dias corridos contados a partir da data de
recebimento do protocolado, no respectivo NAED.
Art. 3º
-
Os
protocolados relativos ao disposto nos incisos II, III e IV, do artigo 1º, da
Resolução CME Nº
02/2010
, deverão ser subscritos
pelo Representante Regional da SME, quando se tratar de unidade educacional
pública, e encaminhados ao titular da SME, após o cumprimento das exigências
estabelecidas para cada protocolado.
Art. 4º
-
O pedido de
autorização de um novo Curso em unidade educacional pública, com autorização de
funcionamento, será formalizado mediante ofício subscrito pelo diretor
educacional e encaminhado ao Representante Regional da SME, juntamente com os
documentos previstos nos
incisos II e III,
artigo 15
, da Resolução CME Nº 02/2010.
Art. 5º
-
O
Representante Regional da SME é a autoridade competente para exercer as
atribuições descritas a seguir:
I
- requerer
à Coordenadoria Setorial de Arquitetura Escolar da SME, o atendimento ao
disposto nos
incisos III e IV, artigo 8º
,
da Resolução CME Nº 02/2010, quando se tratar de credenciamento/autorização de
funcionamento e de alteração de endereço de unidade educacional pública;
II -
nomear,
subscrever e publicar portaria de designação de comissão, em Diário Oficial do
Município, DOM, para a análise e a emissão de parecer a respeito da solicitação
expressa nos protocolados previstos pela Resolução CME Nº
02/2010
;
III -
emitir
parecer conclusivo a respeito da solicitação expressa nos protocolados
previstos pela Resolução CME Nº
02/2010
;
IV
- instruir os
protocolados, por ele subscritos, com os documentos previstos por esta
Resolução e pela Resolução CME Nº
02/2010
;
V -
estipular
prazos para o cumprimento das exigências de natureza legal, normativa,
administrativa e pedagógica, inobservadas pelas unidades educacionais sujeitas
à supervisão educacional da SME;
VI -
solicitar
ao supervisor educacional, responsável pela unidade educacional, a elaboração
de:
a)
parecer a
respeito do pedido de funcionamento de um novo Curso, em unidade educacional
pública;
b
) relatório
circunstanciado previsto no
artigo 23
da Resolução CME Nº 02/2010, quando for o caso.
VII -
encaminhar
o relatório circunstanciado, previsto no
artigo
23
da Resolução CME Nº 02/2010, por meio de protocolado, ao representante
da Assessoria Jurídica da SME, que elaborará parecer e o encaminhará ao titular
da SME;
VIII -
solicitar o
encerramento de atividades das unidades educacionais públicas, quando for o
caso;
Parágrafo
único
. A comissão citada no inciso II, deste artigo, deverá ser
composta por, no mínimo, 2 (dois) supervisores educacionais e 1 (um)
coordenador pedagógico.
Art. 6º
-
Caberá à
Coordenadoria Setorial de Educação Básica da SME a guarda da documentação
relativa às unidades educacionais e aos Cursos extintos e/ou cassados.
Art. 7º
-
Caberá aos
NAEDs a guarda da documentação relativa às unidades educacionais públicas e
privadas em funcionamento e aos protocolados previstos pela Resolução CME Nº
02/2010
, após a publicação da portaria relativa ao
ato administrativo.
Art. 8º
-
Compõe esta
Resolução, sob a forma de Anexo Único, o documento denominado
Texto
Orientador
, elaborado pela Coordenadoria Setorial de Arquitetura Escolar
da SME, com o objetivo de orientar os interessados em solicitar
credenciamento/autorização de funcionamento de unidade privada de Educação
Infantil, quanto às exigências relativas à arquitetura escolar.
Art. 9º
-
Os casos
omissos serão resolvidos pelo Secretário Municipal de Educação.
Art. 10. Esta
Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.
Campinas, 08 de abril de 2011
JOSÉ TADEU JORGE
Secretário Municipal de Educação
REDIGIDA
PELA ASSESSORIA DE LEGISLAÇÃO E NORMAS EDUCACIONAIS DA SME, EM CONSONÂNCIA COM
AS DELIBERAÇÕES DO COMITÊ DE GESTÃO DA SME
ANEXO ÚNICO
PARÂMETROS BÁSICOS
DE INFRAESTRUTURA PARA INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL
TEXTO ORIENTADOR
INFORMAÇÕES PRELIMINARES
O texto a
seguir apresenta os parâmetros básicos que deverão servir como orientação à
concepção arquitetônica do equipamento de ensino infantil. As diretrizes foram
baseadas no conteúdo da cartilha Parâmetros Básicos de Infra Estrutura para
Instituições de Educação Infantil do Ministério da Educação - Secretaria de
Educação Básica, cuja página da internet deverá ser consultada para informações
adicionais.
Os projetos
civis (projeto de arquitetura, instalações elétricas, instalações
hidrossanitárias, estrutura, combate a incêndio, gases, etc.) deverão ser
desenvolvidos somente por profissionais devidamente registrados e deverão
apresentar ao final destes serviços, ART expedida pelo Conselho Regional de
Arquitetura e Engenharia. Deverão ser seguidas todas as legislações e normas
pertinentes ao objeto a que se destinam os projetos.
PROJETO E CONSTRUÇÃO
PARÂMETROS CONTEXTUAIS-AMBIENTAIS
São as
circunstâncias preexistentes que influenciam as decisões arquitetônicas: condições
do terreno, infra-estrutura, legislação em vigor, o que está construído nas
proximidades, aspectos socioculturais e econômicos e aspectos físicoclimáticos
e ambientais (insolação, temperatura, ventos, umidade, índice pluviométrico,
qualidade do ar, etc.).
Alguns
aspectos são determinantes para a seleção dos terrenos compatíveis à
implantação da unidade de Educação Infantil.
Características
do terreno (dimensões, forma e topografia):
-
Considerar
a relação entre a área construída e as áreas livres (áreas de recreação, área
verde/paisagismo, estacionamento e possibilidade de ampliação).
- O Ibam
>
(1996)
recomenda que a área construída corresponda a 1/3 da área total do
terreno e não ultrapasse 50%.
- No caso
de terrenos acidentados, considerar as alternativas de corte ou aterro,
procurando evitar grandes movimentos de terra, que acarretariam custos altos de
terraplenagem. É necessário preservar, sempre que possível, as árvores
existentes e elaborar um correto escoamento das águas pluviais, por conta dos
riscos de deslizamentos e enxurradas.
- Os
terrenos em aclive/declive geram obstáculos ao acesso das crianças,
necessitando prever escadas apropriadas e rampas para pessoas com necessidades
especiais. O Ibam >
(1996)
sugere como situação favorável de acesso uma cota
máxima de 1,50 m entre o nível da rua e a localização da edificação.
Localização
- Evitar a
localização próxima a zonas industriais com índice de poluição significativo e
próxima a antenas de transmissão (TV e telefone). Observar a direção dos ventos
dominantes (relação entre fontes poluidoras, direção dos ventos, topografia e
influência do entorno natural ou construído).
-
Considerar as distâncias percorridas pelas crianças, os possíveis obstáculos a
serem transpostos, dificuldades e facilidades de acesso até a instituição;
condições do tráfego (vias locais são as mais indicadas, pois deve-se
considerar os transtornos provocados no trânsito nos conturbados horários de
entrada e saída das crianças) e as atividades vizinhas (atividades que acontecem
no entorno, se existem fábricas ou outras atividades que prejudiquem a
localização da unidade, verificando sempre a segurança da população a ser
atendida).
- Na
localização das entradas, é necessário prever área de espera externa junto ao
alinhamento para diluir a aglomeração de pessoas que sempre se forma nos
horários de entrada e saída da unidade de Educação Infantil (Ibam 1996).
- É
aconselhável evitar a localização junto a zonas de ruído (aeroporto e
indústrias).
- Terrenos
apropriados à implantação da unidade dependem da disponibilidade de
infra-estrutura na região, isto é, existência de saneamento básico, de rede
elétrica, rede telefônica e de transporte coletivo compatíveis. Devem-se evitar
terrenos inundáveis e oriundos de aterro sanitário.
Adequação
da edificação aos parâmetros ambientais
-
Considerar a configuração de uma arquitetura que responda aos parâmetros
ambientais, isto é, integrada ao clima, considerando sua própria configuração e
formato, os materiais mais compatíveis ao clima e os elementos de proteção à
insolação (beirais de telhado e varandas protegem da insolação direta)
-
Considerar a insolação e a direção dos ventos dominantes, tendo em vista sempre
melhores condições ambientais nos espaços com maior número de usuários e com maior
período de ocupação (salas de atividades e berçários, por exemplo).
- Prever
existência de ventilação cruzada nesses ambientes (aberturas em paredes opostas
e em alturas diferenciadas, desnível de telhados, etc.).
-
Privilegiar a iluminação natural sempre que for possível. O conforto visual
depende de um bom projeto de iluminação que integre e harmonize tanto a
iluminação natural quanto a artificial. Prever a utilização de fontes
alternativas de energia, de aquecimento de água e de condicionamento ambiental,
garantindo e promovendo o uso eficiente de energia, o conforto ambiental e a
proteção ao meio ambiente.
- A
incorporação das condições naturais do terreno para promover a eficiência
energética, por meio da ventilação natural, da iluminação natural e dos
sistemas alternativos de geração de energia, fará do edifício escolar valioso
instrumento para o processo pedagógico, valorizando uma consciência ecológica.
PARÂMETROS
FUNCIONAIS-ESTÉTICOS
Os
parâmetros funcionais devem ser observados na concepção da edificação,
vislumbrando o desempenho esperado para esses ambientes. São eles: organização
espacial e dimensionamento dos conjuntos funcionais, acessos, percursos,
segurança e adequação do mobiliário.
Os aspectos
estético-compositivos dizem respeito à imagem e à aparência, traduzindo-se em
sensações diferenciadas que garantam o prazer de estar nesse ambiente. Nessa
vertente estão incluídas a diversidade de cores, texturas e padrões das
superfícies, o padrão construtivo, as formas, as proporções, os símbolos, os
princípios compositivos, enfim, os elementos visuais da edificação, que podem
ser trabalhados para despertar os sentidos, a curiosidade e a capacidade de
descoberta da criança, e que, de certa forma, excitem o imaginário individual e
coletivo.
Organização
espacial
- Quando o
espaço permitir a setorização clara dos conjuntos funcionais (sociopedagógico,
assistência, técnico e serviços), irá favorecer as relações intra e
interpessoais, além de estabelecer uma melhor compreensão da localização dos
ambientes, facilitando a apropriação destes pelos usuários. Ambientes próximos
bem localizados, ordenados, que estimulem a convivência, promovem situações
prazerosas e seguras, bem como valorizam a interação pretendida.
- Na
setorização dos ambientes, os banheiros devem ser também de fácil acesso, com
localização próxima às salas de atividades e às áreas de recreação e vivência,
além de conter equipamentos que facilitem o uso de pessoas com necessidades
especiais. Deve-se considerar ainda o atendimento aos demais usuários que
utilizam os espaços (funcionários e educadores), localizando os sanitários
próximos aos ambientes de trabalho.
- Existindo
um setor administrativo, ele deve estar próximo ao acesso principal,
facilitando a relação pais-instituição, além de conferir privacidade às salas
de atividades; prever ainda espaço para recepção e acolhimento adjacente a esse
setor.
- A
possibilidade de se estabelecer um ambiente congregador vai facilitar a
construção da idéia de conjunto e poderá funcionar como o coração da UEI,
reforçando significados e determinando o caráter pretendido pela proposta
pedagógica; esse ambiente congregador pode ser uma sala multiuso ou o pátio
coberto/semicoberto), um local de encontro que promova atividades coletivas.
- Salas
multiuso com fácil acesso, fácil visualização e localização central constituem
extensão do pátio externo, proporcionando flexibilidade de uso e de arranjo
interno (possibilidade de uso por crianças de diferentes estágios sem
obstáculos de percurso).
- As áreas
destinadas ao preparo e ao cozimento dos alimentos devem ser reservadas e de
difícil acesso às crianças, evitando-se acidentes; pode-se solucionar a
restrição ao acesso utilizando portas à meia altura, que proporcionam segurança
às crianças sem restringir a ventilação.
- Quando
for possível, criar salas de atividades com área adjacente, estimulando a
convivência em grupo e encorajando a interação das atividades internas e
externas. Essa espécie de pátio privado, aberto, vai intermediar a relação
interior exterior, permitindo que as crianças visualizem a área externa, além
de possibilitar uma série de atividades na extensão da sala. A criança pode
estar participando de determinada atividade e, ao mesmo tempo, assistir e
observar outras atividades externas.
PARÂMETROS
TÉCNICOS
Serviços
básicos de infra-estrutura
A unidade
de Educação Infantil deve ter acesso privilegiado aos serviços básicos de
infra-estrutura, tais como água, esgoto sanitário e energia elétrica, atendendo
às necessidades de higiene e saúde de seus usuários, além de rede de telefone.
Materiais e
acabamentos
- Na
seleção dos materiais e dos acabamentos, devem ser consideradas a tradição e as
especificidades de cada região, as características térmicas dos materiais, sua
durabilidade, racionalidade construtiva e facilidade de manutenção.
- Deve-se
evitar a utilização de materiais que possam gerar poluição, notadamente em
ambientes internos com pouca ventilação, tais como amianto, cortinas, tapetes e
forrações, colas e vernizes que liberem compostos orgânicos voláteis.
- Os
materiais e os acabamentos devem ser resistentes e de fácil limpeza; prever
acabamentos semi-impermeáveis para as paredes, com a possibilidade de
utilização de material lavável à altura dos usuários (utilizar acabamentos
atóxicos).
- Piso
lavável, antiderrapante, resistente ao uso intenso, de fácil reposição e
manutenção; evitar utilização de pisos com muitas juntas que favoreçam acúmulo
de sujeira ou umidade.
- Utilizar
acabamento liso nas paredes das salas de atividades e berçários, evitando o
acúmulo de poeira e mofo e prevenindo que as crianças se machuquem.
AMBIENTES
BÁSICOS
Salas de
atividades / Sala para repouso
É
recomendável que a sala de atividades esteja localizada de maneira que facilite
o acesso dos pais. Além disso, é importante considerar que o acesso das
crianças às salas muitas vezes se dá no colo ou por meio de carrinhos de bebê.
Portanto, neste percurso, não é recomendável a existência de degraus ou outros
obstáculos.
Para as
salas de atividades recomenda-se a área mínima de 1,50 m² por criança atendida
considerando a importância da organização dos ambientes educativos e a
qualidade do trabalho. Recomenda-se que a metragem das salas seja a mesma,
independentemente da faixa etária, possibilitando alterações nos agrupamentos,
de acordo com a demanda da comunidade;
Para as
salas de repouso, ou seja, as que acomodarão berços, recomenda-se a área mínima
de 2,20 m² por criança.
Recomenda-se
para a sala de repouso que sua área permita o espaçamento de no mínimo 50 cm
entre os berços para facilitar a circulação dos adultos entre estes.
Sugestões
para os aspectos construtivos:
- piso liso
mas não escorregadio, de fácil limpeza e que propicie conforto térmico para as
crianças engatinharem;
- janelas
com abertura mínima de 1/5 da área do piso, permitindo a ventilação e a
iluminação natural, visibilidade para o ambiente externo, com possibilidade de
redução da luminosidade pela utilização de veneziana (ou similar) vedada com
telas de proteção contra insetos, quando necessário;
- portas
com visores, largas, que possibilitem a integração entre as salas de repouso e
de atividades, facilitando o cuidado com as crianças;
- paredes
pintadas com cores suaves;
- portas
que possibilitem a integração com a área externa (que pode ser um solário,
parque, pátio, etc.), para banho de sol;
- bancadas,
prateleiras e/ou armários, tanto para guarda de fraldas, roupas de cama e banho
quanto para guarda de brinquedos e materiais utilizados pelas crianças. As
bancadas, as prateleiras e os armários destinados à guarda de brinquedos devem
ser acessíveis às crianças, mantendo-se uma altura em torno de 65 cm. Acima
desta altura devem ficar os materiais de uso exclusivo dos adultos;
Fraldário /
Banho
Local para
higienização das crianças, troca e guarda de fraldas e demais materiais de
higiene. Estes ambientes deverão situar-se anexo às salas de repouso /
atividades, cujas crianças tomam banho no período.
Sugestões
para os aspectos construtivos:
- piso
impermeável e de preferência antiderrapante, de fácil conservação,manutenção e
limpeza, com caimentos adequados, de maneira que impeçam empoçamentos;
- paredes
revestidas com material impermeável, de fácil conservação, manutenção e
limpeza, até uma altura mínima de 1,50 m;
- janelas
com abertura mínima de 1/8 da área do piso, permitindo a ventilação e a
iluminação natural;
- Para os
ambientes de banho, deverão ser previstas bancadas de banho para crianças de 1
a 3 anos com acesso em escada e plataforma de banho e troca em altura adequada
ao manuseio das monitoras.
- Em ambos
os ambientes, deverá ser prevista a instalação de lavatório para higienização
das mãos das monitoras.
- No
fraldário, prever expurgo ou vaso sanitário de tamanho normal, para eliminação
das fezes das fraldas de pano;
Lactário
Local
destinado à higienização, ao preparo e à distribuição das mamadeiras. Esse
local poderá ser implantado separadamente ou junto da cozinha da instituição.
Sugestões
para os aspectos construtivos:
- piso
impermeável e de preferência antiderrapante, de fácil conservação,manutenção e
limpeza, com caimentos adequados, de maneira que impeçam empoçamentos;
- paredes
revestidas com material impermeável, de fácil conservação, manutenção e
limpeza, até uma altura mínima de 1,50 m;
- janelas
com abertura mínima de 1/8 da área do piso, permitindo a ventilação e a
iluminação natural; as aberturas devem possuir tela de proteção contra insetos;
- Bancada
com cuba e torneira para higienização e lavagem dos utensílios;
- Prever
ponto de gás para instalação de fogão.
Solário
Deve
possuir dimensões compatíveis com o número de crianças atendidas,
recomendando-se 1,50 m² por criança, orientação solar adequada e estar contíguo
à sala de atividades, de uso exclusivo para essa faixa etária. Seu acesso
deverá permitir o trânsito de carrinhos de bebê, evitando-se desníveis que
possam dificultar esta circulação.
Sala
multiuso
É
recomendável que tenha capacidade mínima para atendimento à maior turma da
instituição. Previsão de instalações para TV, DVD e Internet.
Sugestões
para os aspectos construtivos:
- piso liso
mas não escorregadio, de fácil conservação, manutenção e limpeza, confortável
termicamente, de acordo com as condições climáticas regionais;
- paredes
revestidas com material de fácil limpeza e manutenção;
- janelas
com abertura mínima de 1/5 da área do piso, permitindo a ventilação e a
iluminação natural e garantindo visibilidade para o ambiente externo, com
peitoril de acordo com a altura das crianças, garantindo a segurança;
- previsão
de espaço para colocação de livros, brinquedos, fantasias infantis, além de,
quando possível, computador, televisão, vídeo ou DVD, aparelho de som ou outros
equipamentos necessários à implementação da proposta pedagógica.
Área
administrativa
Recepção -
espaço
destinado a acolher os familiares e a comunidade.Deve ser planejado como um
ambiente agradável, aconchegante, contando com cadeiras e quadro de informes.
Espaço para entrada e saída das crianças, devendo possibilitar a segurança
destas.
Secretaria
-
espaço de fluxo e arquivo de documentos, bem como de recepção dos que
chegam à instituição. Deve contar, se possível, com: computador e impressora,
mesa e cadeira, arquivos, telefone, quadro de chaves.
Almoxarifado
-
espaço para a guarda de material pedagógico e administrativo. Além do
almoxarifado, as instituições devem prever espaços para a guarda de brinquedos
maiores, colchonetes, cenários, ornamentos, dentre outros.
Sala de
professores -
espaço de encontro, reflexão, formação, troca de experiência,
planejamento individual e coletivo, momentos de privacidade para o professor.
Deve contar, se possível, com equipamentos e mobiliários como: computador e
impressora, mesa para reunião, cadeiras, armário individualizado
Sala de
direção e coordenação -
na mesma linha de discussão sobre a sala dos
professores, os dirigentes da instituição precisam igualmente de um espaço mais
privado para seu trabalho, para realizar reuniões com pais e professores, entre
outras atividades.
Sugestões
para aspectos construtivos:
- piso
liso, de fácil conservação, manutenção e limpeza;
- paredes
revestidas com material de fácil limpeza e manutenção, de cores alegres;
- janelas
com abertura mínima de 1/5 da área do piso, permitindo a ventilação e a iluminação
natural e garantindo visibilidade para o ambiente externo.
Banheiros
Os
banheiros infantis devem ser implantados próximos às salas de atividades, não
devendo ter comunicação direta com a cozinha e com o refeitório. Sugerimos a
seguinte relação do número de crianças por equipamento sanitário:
- 1 vaso
sanitário para cada 20 crianças;
- 1
lavatório para cada 20 crianças;
- 1
chuveiro para cada 20 crianças
Devem ser
previstos banheiros de uso exclusivo dos adultos, podendo acumular a função de
vestiário, próximos às áreas administrativa, de serviços e pátio coberto.
Sugestões
para aspectos construtivos:
- piso
impermeável e de preferência antiderrapante, de fácil conservação, manutenção e
limpeza, com caimentos adequados, de maneira que impeçam empoçamentos;
- paredes
revestidas com material impermeável, de fácil conservação, manutenção e
limpeza, até uma altura mínima de 1,50 m;
- janelas
com abertura mínima de 1/8 da área do piso, permitindo a ventilação e a
iluminação natural;
- nos
banheiros infantis as portas das cabines sanitárias individuais não devem
conter chaves ou trincos;
- nos
banheiros infantis as divisórias devem ser mais baixas, em torno de 1,50 m;
- Para os
ambientes de banho, deverão ser previstas bancadas de banho para crianças de 1
a 3 anos com acesso em escada e plataforma de banho e troca em altura adequada
ao manuseio das monitoras.
- os
lavatórios infantis devem ter altura em torno de 55-60 cm;
- previsão
de vaso sanitário, chuveiro, cadeira para banho e lavabo para crianças com
necessidades especiais;
- previsão
de vaso sanitário e lavabo para adultos com necessidades especiais;
- vasos com
tamanho infantil no banheiro das crianças.
Pátio
coberto
Deve ser
condizente com a capacidade máxima de atendimento da instituição, contando com
bebedouros compatíveis com a altura das crianças. Esse espaço deve ser
planejado para utilização múltipla, como, por exemplo, festas e reuniões de
pais.
Áreas
necessárias ao serviço de alimentação
Define-se
como serviço de alimentação aquele que engloba todas as atividades relacionadas
ao preparo e à distribuição das refeições, incluindo atividades de recepção,
estocagem de alimentos, limpeza de utensílios e registro de dados.
O
dimensionamento dessas áreas e seus equipamentos deve estar de acordo com as
diretrizes políticas do município para o serviço de alimentação, como, por
exemplo, preparar a alimentação na própria instituição ou terceirizar esse
serviço. A área de serviço de alimentação deve prever, sempre que possível,
refeitório, cozinha e áreas de apoio, tais como: despensa geral, despensa fria,
áreas de recebimento e pesagem de alimentos e cômodo de gás.
A acesso de
entrada do alimento à despensa deverá ser distinta à saída do lixo da cozinha e
deverá contar com ambiente com tanque para higienização dos paletes ou caixas
de transporte de alimentos.
Cozinha
-
pré-preparo
(vegetais, cereais e carnes);
- cocção;
- distribuição;
-
higienização de utensílios;
-
higienização de panelas.
Despensas
Devem ser
concebidas de acordo com a capacidade de atendimento da instituição:
- Área de
recebimento e pesagem dos alimentos, quando necessário;
- Área de
estocagem de não perecíveis;
- Área de
estocagem fria com previsão de freezer e geladeira;
- Depósito
de material de limpeza (DML).
Refeitório
Além de se
constituir em um espaço para alimentação, o refeitório deve ainda possibilitar
a socialização e a autonomia das crianças. Recomenda-se que seja articulado com
a cozinha, contando com mobiliário móvel, que viabilize diferentes organizações
do ambiente. Deve seguir o dimensionamento de 1 m² por usuário e capacidade
mínima de 1/3 do maior turno,3 uma vez que não é necessário nem recomendável
que todas as crianças façam as refeições ao mesmo tempo.
Sugestões
de aspectos construtivos
-
localização: andar térreo;
-
configuração geométrica da cozinha: formato que propicie um maior
aproveitamento de bancadas e permita, sempre que possível, o posicionamento
central do fogão (em ilha);
- paredes:
nos ambientes de preparo e acomodação dos alimentos devem ser revestidas com
azulejos ou materiais impermeáveis de fácil lavagem na sua totalidade até a
altura da laje;
- teto: sua
pintura deve ser de fácil limpeza, resistente à temperatura e impermeável ao
vapor;
- pisos: os
pisos utilizados na cozinha devem suportar tráfego intenso e pesado, ser
antiácidos, antiderrapantes, e de fácil limpeza e higienização, com caimentos
adequados, de maneira que impeçam empoçamentos;
- portas e janelas: as portas de acesso devem ser amplas
(largura mínima de 0,90 cm e altura mínima de 2,10 m), simples ou em secções,
em material resistente à umidade, com vedação de borracha. Devem permitir a
passagem dos equipamentos a serem utilizados; Deverão prever telas milimétricas
contra insetos;
-
ventilação e exaustão: é necessária a instalação de exaustores sobre os
equipamentos de cocção. As janelas das despensas e da cozinha devem ser em
número e dimensões adequadas, com área mínima equivalente a 1/8 da área do
piso, permitindo eficiente circulação de ar.
- higiene: é
necessária a instalação de lavatórios de mãos próximos aos principais setores.
Sanitários e vestiários não devem dar acesso direto para as áreas de
armazenamento e produção de alimentos;
- a cozinha
deve ficar adjacente ao refeitório e possuir abertura por onde devem ser
distribuídos os alimentos (balcão) - as bancadas e ser confeccionadas em
material liso, impermeável, antiácido, íntegro e de fácil limpeza e manutenção;
deverão
possuir enchimento de piso em sua base com altura de no mínimo 10cm.
- nas despensas,
as prateleiras para armazenamento deverão estar localizadas a 30 cm do piso com
profundidade não superior a 45 cm, preferencialmente moduladas para permitir
flexibilidade de novos arranjos.
Lavanderia
A
lavanderia deve ter acesso independente da cozinha, contemplando tanque; local
para máquina de lavar; secadora, quando necessária e possível; varal; bancada
para passar roupas; prateleiras e armários fechados, em alvenaria. Suas
dimensões devem ser compatíveis com o número de crianças atendidas pela
instituição.
Área de
serviços gerais
Deve
contemplar tanque; armário para guarda de vassouras, rodos e similares;
depósito de material de limpeza.
Área
externa
Deve
corresponder a, no mínimo, 20% do total da área construída e ser adequada para
atividades de lazer, atividades físicas, eventos e festas da escola e da
comunidade. Contemplar, sempre que possível, duchas com torneiras acessíveis às
crianças, quadros azulejados com torneira para atividades com tinta lavável, brinquedos
de parque, pisos variados, como, por exemplo, grama, terra e cimento. Havendo
possibilidade, deve contemplar anfiteatro, casa em miniatura, bancos,
brinquedos como escorregador, trepa-trepa, balanços, túneis, etc. Deve ser
ensolarada e sombreada, prevendo a implantação de área verde, que pode contar
com local para pomar, horta e jardim.
RECOMENDAÇÕES
GERAIS
- que o
terreno propicie, preferencialmente, o desenvolvimento da edifi cação em um
único pavimento;
- que a
acessibilidade seja garantida por meio de rampas de acesso ou plataforma de
percurso vertical com as adaptações necessárias para garantir total segurança,
conforme NBR 9050. Que sejam assegurados banheiros com sanitários, chuveiros e
cadeiras para banho, brinquedos e equipamentos adaptados para a utilização de
crianças com necessidades especiais;
- que sejam
previstas barreiras protetoras (guarda-corpo) em locais que necessitem de maior
segurança, sem possibilidade de as crianças escalarem;
- que seja
feita a utilização de vidros lisos nas áreas que propiciem maior visibilidade,
e vidros fantasia somente nas áreas onde a privacidade seja imprescindível;
- que haja
a presença de extintores de incêndio e demais equipamentos implantados de
acordo com as normas do Corpo de Bombeiros;
- que haja
disponibilidade de água potável para consumo e higienização. A caixa dágua
deve ser mantida fechada e ser limpa regularmente. Recomenda-se a utilização de
filtros em diferentes espaços da instituição, como salas, refeitório, cozinha;
- que a
infra-estrutura esteja de acordo com as determinações legais nacionais e locais
pertinentes;
COORDENADORIA SETORIAL DE ARQUITETURA ESCOLAR
DEPARTAMENTO
DE APOIO À ESCOLA