Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial do Município - DOM.
RESOLUÇÃO SME/FUMEC Nº 09/2015
(Publicação DOM 24/11/2015 p.6)
DISPÕE SOBRE AS DIRETRIZES PARA O ATENDIMENTO À DEMANDA ESCOLAR NAS UNIDADES EDUCACIONAIS DE ENSINO FUNDAMENTAL E DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE CAMPINAS E FUNDAÇÃO MUNICIPAL PARA EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA (FUMEC)
A Secretaria Municipal de Educação e Presidente da Fundação Municipal para Educação Comunitária, no uso das atribuições de seus cargos, e
CONSIDERANDO a Constituição Federal, de 05 de outubro de 1988;
CONSIDERANDO a Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional;
CONSIDERANDO a Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, que institui a Política de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, e altera o § 3º do art. 98 da Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990;
CONSIDERANDO a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências;
CONSIDERANDO A Política Nacional da Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva - Brasília 07 de janeiro de 2008.
CONSIDERANDO o Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, que regulamenta a Lei no10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000;
CONSIDERANDO o Decreto nº 15.712, de 12 de dezembro de 2006, que dispõe sobre a implantação do Ensino Fundamental com 9 anos de duração;
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CEB nº 02, de 11 de setembro de 2001, que institui diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica;
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CEB nº 04/2009, de 02 de outubro de 2009, que institui diretrizes operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial;
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CEB nº 07, de 14 de dezembro de 2010, que fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos;
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CEB nº 06, de 20 de outubro de 2010, que define Diretrizes Operacionais para a matrícula no Ensino Fundamental e na Educação Infantil;
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CEB nº 04, de 13 de julho de 2010, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica;
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CEB nº 03, de 15 de junho de 2010, que Institui Diretrizes Operacionais para a Educação de Jovens e Adultos nos aspectos relativos à duração dos cursos e idade mínima para ingresso nos cursos de EJA; idade mínima e certificação nos exames de EJA e Educação de Jovens e Adultos desenvolvida por meio da Educação a Distância;
CONSIDERANDO a Nota Técnica nº 62/2014/MEC/SECADI/DPEE, de 10 de setembro de 2014, que trata da organização do Atendimento Educacional Especializado na Educação Integral.
CONSIDERANDO a Nota Técnica-SEESP/GAB, nº 11 de 07 de maio de 2010, que trata das orientações para a institucionalização da oferta do Atendimento Educacional Especializado-AEE em Salas de Recursos Multifuncionais implantadas nas escolas regulares.
CONSIDERANDO a Resolução SE nº 36, de 05/08/2015, que Estabelece critérios e procedimentos para a implementação do Programa de Matrícula Antecipada/Chamada Escolar - Ano 2016, com vistas ao pleno atendimento à demanda do Ensino Fundamental, na rede pública de ensino do Estado de São Paulo;
CONSIDERANDO a Lei Municipal nº 14.252, de 02 de maio de 2012, que garante e prioriza vagas aos portadores de deficiência física e/ou mental, em idade pré-escolar e escolar, nas matrículas para o período letivo;
CONSIDERANDO a Lei Municipal nº 15.029, de 24 de junho de 2015, que Institui o Plano Municipal de Educação, na conformidadedo artigo 6º da Lei nº 12.501, de 13 de março de 2006, doMunicípio de Campinas, Estado de São Paulo.
CONSIDERANDO o Decreto Municipal nº 17.784, de 28, de novembro 2012, Regulamenta a Lei nº 14.252, de 02 de maio de 2012, que dispõe sobre a matrícula de deficientes físicos e mentais nas Creches e Escolas da Rede Pública Municipal de Ensino;
CONSIDERANDO a Resolução SME nº 07 /2015, de 16 de setembro de 2015, dispõe sobre o processo de cadastramento de alunos, coleta de vagas, compatibilização demanda/vaga e matrícula para o atendimento à demanda escolar do ensino fundamental na rede pública municipal de ensino de campinas, para o ano letivo de 2016;
CONSIDERANDO a Resolução SME nº 04, de 28 de março de 2011, que normatiza o regime de exercícios domiciliares;
CONSIDERANDO a Resolução SME nº 06, de 07 de julho de 2005, que resolve sobre os registros da escrituração escolar dos casos de alunos não frequentes no curso do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino de Campinas;
CONSIDERANDO a PORTARIA SME nº 114/2010, de 30 de dezembro de 2010, que Homologa o Regimento Escolar Comum das Unidades Educacionais da Rede Municipal de Ensino de Campinas.
RESOLVE:
CAPÍTULO I
DA REMATRÍCULA E DA MATRÍCULA DE ALUNOS NO ENSINO FUNDAMENTAL
REGULAR E NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
I - original e cópia da certidão de nascimento ou de casamento;
II - original e cópia da cédula de identidade (RG) (caso possua);
III - 1 (uma) foto 3x4 (caso possua);
IV - comprovante de conta de água, com data a partir de junho/2015, referente ao endereço residencial no Município de Campinas (cópia e original);
V - Número de Identificação Social (NIS) da criança (caso possua);
VI - histórico escolar e/ou declaração de matrícula/transferência da escola de origem do aluno para a escola de destino, no caso de transferência;
VII - comprovante de guarda ou tutela, quando for o caso;
§1º O adulto, legalmente responsável pela criança e/ou adolescente ou o interessado, em caso de maioridade civil, deverá declarar o pertencimento étnico-racial da criança e/ou adolescente ou o seu próprio pertencimento.
§2º As cópias dos documentos apresentados e a ficha de matrícula, preenchida no ato da matrícula, deverão ser arquivadas na unidade educacional.
§3º A matrícula não poderá ser inviabilizada se o responsável pela criança e/ou adolescente ou o interessado não apresentar as cópias dos documentos necessários, devendo ser adotadas as seguintes providências:
I - para o ensino fundamental regular, a equipe gestora da unidade educacional fotocopiará os documentos;
II - para a EJA:
a) no caso dos Anos Iniciais da FUMEC, o professor deverá encaminhar às instâncias competentes para as devidas providências;
b) no caso dos Anos Finais, a equipe gestora da unidade educacional providenciará as fotocópias dos documentos.
§4º A matrícula na EJA - Anos Finais não poderá ser inviabilizada ainda que o interessado por vaga não apresente e/ou possua o histórico escolar/declaração de escolaridade, devendo a unidade educacional nestes casos, proceder à avaliação classificatória do aluno, conforme preconizam os artigos 148 e 149 da Portaria SME nº 114/2010.
§ 1º Os serviços da Educação Especial são garantidos aos estudantes da Educação Básica, devidamente diagnosticados por meio de laudo/relatório expedido por profissional habilitado.
§ 2º As informações referentes ao laudo a que se refere o parágrafo anterior deverão ser inseridas no Sistema INTEGRE pelo Diretor Educacional da unidade educacional em que o aluno estiver matriculado.
CAPÍTULO II
DA MATRÍCULA DE ALUNOS PÚBLICO-ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
NO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE)
§1º O AEE para alunos que estão matriculados nas Escolas de Educação Integral deverá ocorrer sem prejuízo da participação destes alunos em todas as atividades desenvolvidas no contexto escolar.
§2º O AEE nas Escolas de Educação Integral, conforme disposto pelo parágrafo anterior, deverá ocorrer após o término do turno de aulas dos alunos da unidade.
§3º Cabe a cada unidade educacional prever em seu projeto pedagógico o AEE visando promover condições de plena participação dos estudantes público-alvo da Educação Especial em igualdade de oportunidades com os demais estudantes.
§4º As Equipes Gestoras das unidades educacionais, nas quais funcionam Salas de Recursos Multifuncionais, serão responsáveis por validar, trimestralmente, a matrícula e a frequência dos alunos inseridos no sistema INTEGRE.
§5º A equipe gestora da unidade educacional deverá inserir os alunos no Sistema de Cadastro de Alunos do Estado de São Paulo, o PRODESP.
I - duas fotos 3x4 do aluno (caso possua);
II - cópia da cédula de identidade (RG) ou da certidão de nascimento;
III - cópia do comprovante de residência;
IV - cópia dos atestados e exames médicos;
V - laudo médico ou relatório de avaliação dos especialistas que atendem o aluno;
VI - declaração de matrícula da escola de origem, contendo o número de RA e de ID, acompanhada do comprovante de matrícula realizada no Sistema de Cadastro de Alunos do Estado de São Paulo, o PRODESP;
VII - declaração da escola de origem, contendo o horário de aula no ensino regular do aluno pleiteante à vaga na Sala de Recursos Multifuncionais ou em Entidade Conveniada.
Parágrafo único. Deverá constar dos arquivos das Salas de Recursos Multifuncionais e Salas de Atendimento das Entidades Conveniadas uma cópia impressa atualizada do prontuário do aluno, além da existente na secretaria da unidade educacional.
CAPÍTULO III
DA TRANSFERÊNCIA
PROCEDIMENTOS PARA ATENDIMENTO ÀS SOLICITAÇÕES DE MATRÍCULA/
TRANSFERÊNCIAS DURANTE O ANO LETIVO
I - da declaração de transferência da escola de origem;
II - do histórico escolar no ato da matrícula ou no prazo máximo de 60 (sessenta) dias,
após a efetivação da mesma.
§1º A equipe gestora da unidade educacional deverá manter atualizado e acessível o número de vagas de cada turma, inclusive, para responder aos pais ou responsáveis demandantes de vagas da existência ou não da vaga solicitada.
§2º A equipe gestora da unidade educacional deverá consultar a supervisão educacional/NAED, que por meio do Programa Georreferenciamento verificará se a localização da moradia do aluno demandante de vaga faz parte da área de abrangência da unidade educacional pretendida, informando-a ao interessado.
§3º O Georreferenciamento é o programa que define, anualmente, a área de abrangência de cada unidade educacional, das Redes de ensino Municipal e Estadual, para o atendimento à demanda total das crianças do município, ingressantes no Ensino Fundamental.
§4º Caso o endereço da criança ou adolescente não faça parte da área de abrangência da unidade educacional pretendida, a equipe gestora deverá encaminhar os pais ou os responsáveis a unidade educacional a qual pertence o aluno, para a solicitação de vaga.
Parágrafo único. A equipe gestora da unidade educacional deverá verificar, antes de efetuar a matrícula, junto ao Sistema de Cadastro de Alunos do Estado de São Paulo, o PRODESP, as informações fornecidas pelos pais ou responsáveis, principalmente, aquelas referentes ao ano de escolaridade que o aluno pleiteia.
§1º O prazo para que essa indicação seja feita deverá ser de 15 (quinze) dias, no máximo.
§2º A unidade educacional deverá encaminhar à supervisão, em planilha própria, diariamente, os pedidos de vagas não atendidos.
§3º A supervisão, após proceder as verificações cabíveis, deverá encaminhar o aluno para matrícula em uma das unidades educacionais da Rede Municipal de Ensino.
§4º Esgotadas as possibilidades de atendimento à demanda no âmbito do NAED, a supervisão de encaminhará os casos pendentes à Coordenadoria de Educação Básica (CEB), em planilha própria, no prazo máximo de 3 (três) dias.
§5º A Coordenadoria de Educação Básica, com o objetivo de solucionar os casos pendentes, atuará em dois níveis:
a) Em frente de trabalho, com representantes da Supervisão dos NAEDs;
b) Em parceria com as Diretorias de Ensino,
§6º A supervisão do NAED receberá da CEB, as informações das indicações de matrículas, devendo retransmiti-las, eletronicamente, às respectivas unidades educacionais para que elas estabeleçam contato com as famílias para as orientações necessárias.
§7º Dez dias após a indicação da vaga a supervisão deverá proceder à verificação, junto ao Sistema de Cadastro de Alunos do Estado de São Paulo, PRODESP, da realização da matrícula indicada para qualquer das Redes de Ensino.
I - entrar em contato com os pais ou os responsáveis, por meio de carta registrada, orientando-os sobre sua obrigação legal de matricular o aluno e dando prazo para efetuar a matrícula;
II - expirado o prazo estabelecido no item anterior, encaminhar para o Conselho Tutelar e para a supervisão no NAED a informação do não cumprimento da obrigação legal da efetivação da matrícula, anexando o relatório da reunião que resultou da indicação daquela vaga, quando for o caso.
I - alunos fora da escola devem ser entendidos como aqueles que:
a) não possuem matrícula no ano em curso;
b) solicitam transferência por motivo de mudança de cidade;
c) solicitam transferência por motivo de mudança de bairro.
II - deve ser entendida como vaga disponível:
a) a diferença entre o número de alunos matriculados e a proposta de atendimento constante do sistema INTEGRE (planejamento de turmas);
b) as matrículas de alunos não frequentes - coerentemente com as orientações de matrículas dos alunos ingressantes.
III - aluno não frequente é aquele definido pela Resolução SME Nº 6/2005 de 07 de julho de 2005;
IV - proposta de atendimento, desconsiderando-se os alunos não frequentes:
a) considerar para a transferência:
1. Ciclo I: 25 alunos;
2. Ciclo II: 25 alunos;
3. Ciclos III: 30 alunos.
4. Ciclo IV: 30 alunos
b) considerar para alunos fora da escola:
1. Ciclo I: 30 alunos;
2. Ciclo II: 30 alunos;
3. Ciclos III
4. Ciclo IV: 35 alunos.
Parágrafo único. Esgotados todos os procedimentos descritos no art. 18 deste ato normativo, a escola deverá considerar a capacidade física para o atendimento à demanda.
§1º Constatada a não ocorrência da confirmação de matrícula pelos pais ou os responsáveis, o diretor educacional deverá contatar o responsável pela criança para que a efetue.
§2º Em caso de insucesso de contato com o responsável pela criança, o diretor educacional deverá:
a) garantir a vaga para matrícula da criança durante todo o ano letivo;
b) notificar o Conselho Tutelar;
c) efetuar a matrícula de um candidato à transferência ou cadastrado na unidade educacional;
d) não excluir a matrícula de alunos que deixarem de comparecer às aulas ou abandonarem a escola, sendo obrigatório o lançamento desses registros nas opções específicas disponibilizadas no Sistema de Cadastro de Alunos do Estado de São Paulo, PRODESP, e no Sistema INTEGRE.
e) registrar o não comparecimento do aluno no Sistema de Cadastro de Alunos do Estado de São Paulo, PRODESP, quando atingir 15 (quinze) dias consecutivos, contados a partir do início do ano letivo.
CAPÍTULO IV
DA ENTURMAÇÃO DE ALUNOS
I - a proximidade da faixa etária;
II - o respeito à heterogeneidade de saberes e a diversidade na turma.
Parágrafo único. A avaliação para a enturmação, dos alunos público-alvo da Educação Especial deverá considerar:
I - a especifidade de cada aluno;
II - os suportes materiais e humanos disponíveis.
CAPÍTULO V
DA FREQUÊNCIA DO ALUNO
Parágrafo único. Nos casos em que os responsáveis não apresentarem justificativas, na forma da lei, o diretor educacional deverá:
I - garantir a matrícula do aluno e a manutenção de seu nome no diário de classe do professor
e nos demais documentos escolares;
II - notificar o Conselho Tutelar, com cópia ao Representante Regional da SME, em situações
de ausência, como as especificadas no caput;
III - efetuar a matrícula de candidato pleiteante à vaga para transferência.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Campinas, 19 de novembro de 2015
SOLANGE VILLON KOHN PELICER
Secretária Municipal de Educação e Presidente da FUMEC
ANEXO I
CRONOGRAMA - ENSINO FUNDAMENTAL 2016
ANEXO II
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES REFERENTES À MATRÍCULA E
REMATRÍCULA PARA O ANO DE 2016
ANEXO III
ENTURMAÇÃO DOS ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR
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